terça-feira, 3 de maio de 2011

Blumenau tem abril mais caro em 16 anos

Alimentos in-natura como frutas, verduras e carnes puxaram alta do IVGP

BLUMENAU - Em abril o Índice de Variação Geral de Preços (IVGP) fechou o mês com alta de 1,04%, a maior para o mês em 16 anos. Em abril de 1995 o mais alto até então o IVGP foi de 3,29%.

O aumento no mês passado é consequência do bom índice de empregos e economia aquecida. Com mais gente com dinheiro no bolso e poder para investir em pequenos luxos do dia a dia, ocorre uma pressão na demanda. A indústria não consegue suprir e acaba aumentando os preços.

As maiores altas ficaram com os alimentos in-natura (4,91%), medicamentos (3,33%), alimentos industrializados (2,61%), produtos de panifício (2,24%), gás (2,22%), combustíveis/óleo e pneu (2%) e serviços médicos (1,80%).

As baixas ficaram por conta dos produtos de limpeza para o lar (-1,11%), eletrodomésticos (-0,99%) e utensílios para o lar (-0,50%).

O economista responsável pela aferição mensal do IVGP – feito pelo Departamento de Economia da Furb –, Pedro Paulo Wilhelm, explica: está ocorrendo a lei da oferta e procura.

Wilhelm acredita que a tendência ainda será de alta para os próximos meses.

Boicote a produtos pode frear altas

O economista aponta que, no caso dos itens aferidos englobados pelo IVGP, a solução para segurar os aumentos é o consumidor se negar a pagar mais caro e fazer trocas.

– O jeito é substituir produtos ou marcas que estejam com remarcações além da conta. As medidas que o governo toma vão acabar influenciando apenas indiretamente nos produtos básicos, que todo mundo precisa consumir – explica Wilhelm.

As ações que o economista se refere são os cortes de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União anunciados pelo governo no começo do ano. Também há o aumento da taxa básica de juros – a estimativa do mercado é que até o fim do ano chegue a 12,5%. As duas medidas devem ser sentidas pelo mercado só a partir de setembro.

A expectativa para o próximo mês é de que o IVGP se mantenha dentro do intervalo 0,6% a 1,1%.

Fonte: JSC

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