Consórcio Siga avalia acionar a Justiça para resolver impasse
Motoristas e cobradores do transporte coletivo ameaçam entrar em greve a qualquer momento. Enquanto isso, o Consórcio Siga avalia acionar a Justiça para resolver o impasse com a categoria. Nesta segunda-feira, mais uma rodada de negociações acabou sem sucesso, mesmo com o intermédio do Ministério do Trabalho.
Nos terminais de ônibus, o clima era de dúvida se o serviço será oferecido normalmente nos próximos dias. Diante do aviso prévio de greve dado pelos trabalhadores, os usuários começaram a se organizar. Conforme o advogado do Consórcio Siga, José Carlos Muller, nesta segunda-feira as empresas ampliaram a elevação de ganho real aos trabalhadores. Ofereceram aumento salarial de 7,66% e reajuste no vale-alimentação de R$ 250 para R$ 283 mensais.
Os representantes do Sindicato dos Empregados das Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau e de Gaspar (Sindetranscol) analisaram a proposta ainda durante a reunião e fizeram uma nova sugestão. Pediram um reajuste salarial de 10,66% e que o vale-alimentação passe para R$ 305. A contraproposta não foi aceita pelas empresas. Muller admite o desgaste na negociação, mas garante que as empresas ainda estão dispostas a entrar num entendimento com os trabalhadores.
— Lamentamos, porque o sindicato apresentou uma proposta impossível de ser consolidada e isso demonstra que a categoria não quer negociar. Chegamos ao nosso limite. Se houver greve, uma das alternativas é entrar com o dissídio coletivo — garantiu.
Na segunda-feira, a direção do Sindetranscol foi procurada pelo Santa, mas não retornou os telefonemas.
Conforme o advogado trabalhista e professor da Furb Hermes Rosa, o dissídio é uma medida drástica, mas necessária quando as negociações amigáveis não andam:
— O transporte coletivo é um serviço muito sensível e a negociação está tomando proporções altamente influenciáveis para a população. Se houvesse um acordo amigável, as duas partes poderiam se satisfazer, mas com a decisão do juiz pode que ninguém se satisfaça.
Polícia Militar vai reforçar segurança nos terminais
Nesta terça-feira, a Polícia Militar vai reforçar o policiamento em terminais, garagem das empresas de transporte coletivo e estações de pré-embarque dos coletivos urbanos. Conforme o comandante do 10º Batalhão, Claudio Roberto Koglin, a partir das 4h e nos horários de pico serão escalados 50 homens para reforçar a segurança, evitando danos ou confrontos. Ontem, já foram colocados policiais nestes locais devido à iminência de greve.
Se houver greve, o sindicato precisa cumprir a liminar recém expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho. Em horários de pico - das 6h às 9h e das 17h às 20h - 60% da frota deve circular e no restante do dia 30% dos ônibus devem estar nas ruas. O descumprimento acarreta multa diária de R$ 20 mil.
Fonte: JSC
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