quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Resposta...

Fernando Arteche,
Acho inadmissível o tipo de atitude que vimos na central de donativos, é vergonhoso e doloroso, principalmente para as pessoas honestas que, literalmente suaram a camisa nas inúmeras horas de trabalho VOLUNTÁRIO.

Não concordo com a decisão tomada pela secretaria do estado em terceirizar este trabalho e gastar o dinheiro público, mas acredito que diante da cobrança e pressão da mídia, dos empresários e população foi preciso uma atitude imediata, na minha opinião precipitada e errada.

É importante lembrar que o trabalho voluntário na central de donativos, vai continuar de acordo com o secretário Paulo França, mas a partir de agora de uma forma mais “profissional”, com cadastro e monitoramento de todos que estiverem no local, (mas sei que depois de tudo o que aconteceu, o número de voluntários será consideralmente menor...infelizmente).
Acredito no trabalho voluntário, na honestidade das pessoas e que esta não foi a melhor decisão.

Diante de sua indagação... ”Será que as pessoas já não servem mais para fazer trabalhos voluntários e isso deve ser transferido totalmente para a iniciativa privada paga pelo poder público?” tenho certeza que: pessoas servem para fazer trabalhos voluntários e gostam de fazê-lo, sei que muitos estão chateados com esta situação, pois são acusados injustamente, e não devemos esquecer, o trabalho não será TOTALMENTE feito pela empresa contratada. Peço que não deixem de prestar o serviço, pois muitos precisam de vocês.

Vamos sim,investir nos bons sentimentos e continuar firmes nesta luta!

Oi, Monique. O que você achou dessa suspensão do trabalho voluntário e a substituição das pessoas por uma empresa de logística? A decisão foi tomada depois das denúncias de desvios de donativos por voluntários e soldados do exército que auxiliavam na distribuição das doações.
Uma coisa é reprimir esse tipo de atitude vil. Outra é trocar o voluntariado, com todas as implicações humanitárias que tem, por um serviço especializado, que vai custar dinheiro aos cofres públicos.
Será que as pessoas já não servem mais para fazer trabalhos voluntários e isso deve ser transferido totalmente para a iniciativa privada paga pelo poder público? Se for assim, onde vamos investir os bons sentimentos que ainda campeiam nos corações dos bons?

Um comentário:

F. Arteche disse...

Voluntários profissionalizados. É justamente isso o que me preocupa: antes era uma coisa ou outra. Mas, enfim, vivemos tempos pós-modernos...
Obrigado pela consideração em responder. Também estou na torcida com você. E agora tem Minas Gerais para dar uma força. São 30 cidades em estado de calamidade (ou emergência) por causa de enchentes e alguns desabamentos.