quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

SEGURANÇA NOS ABRIGOS

Comandante da Polícia Militar do município, o tenente-coronel César Luiz Dalri antevê problemas de segurança nos abrigos e teme não controlá-los, caso os policiais que vieram reforçar o contingente durante as enxurradas e os desbarrancamentos deixem a cidade segunda-feira.
Nesses locais, houve registro de brigas, desentendimentos e uma prisão.Atualmente, 4.363 pessoas dividem salas de aula, bibliotecas, banheiros e pátios de 51 abrigos. No maior deles, na Escola Básica Municipal Vidal Ramos, no Bairro Vorstadt, 400 vítimas da catástrofe vivem juntas. Neste abrigo, porém, não foram registradas ocorrências.– Essas pessoas são obrigadas a conviver diariamente em locais pequenos tendo que dividir espaços públicos.
Os próximos meses serão tempos difíceis – argumentou.A afirmação baseia-se na prisão do homem que consumia maconha no abrigo do Morro Coripós, no Bairro Escola Agrícola. Ele foi detido após a denúncia de desabrigados e o próprio flagrante da Polícia Militar. Em outros alojamentos, houve registro de brigas, principalmente entre adolescentes.Os soldados Nelo e Clóvis, do 11º Batalhão de Polícia Militar de São Miguel do Oeste, estão em Blumenau desde o dia 22 de novembro. Atuam no abrigo que registrou a ocorrência mais séria.
Segundo eles, a situação foi normalizada logo após o ocorrido.– No início, estamos dando conta, sem grandes problemas. Temos reforço policial e a ajuda do Exército – garantiu Dalri.Além dos 303 policiais militares do 10º Batalhão, 170 policiais vindos do Oeste do Estado estão na cidade. Eles atuam em áreas de trânsito interrompido e para garantir a integridade dos desalojados, mas se despedem do município no começo da semana.
O comandante da Polícia Militar em Blumenau deve pedir reforço de efetivo.– A vida continua, assim como as ocorrências diárias de roubos e furtos, por exemplo. Porém, temos essas pessoas nos abrigos. Temos a responsabilidade de zelar pela segurança delas – afirmou Dalri.
Fonte: JSC

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