Ortopedista se feriu com faca de cozinha e está em observação
Está internado no Hospital Santa Isabel o médico Fernando César Buchen, preso sexta-feira em Blumenau por atentado ao pudor. Ele se feriu sábado no Presídio Regional com uma pequena faca usada para as refeições.
Antes dos golpes, Buchen escreveu uma carta citando as acusações. O documento está com o diretor do presídio, Jairo Santos, e será entregue ao delegado da Polícia Civil que está cuidando do caso, Paulo Koerich. Santos não quis comentar o conteúdo da carta e descarta a possibilidade do médico ter sido agredido por outro detento.
O médico estava numa cela especial, com o acusado de participação na morte Maria Rosângela Muniz, Elias Schroeder. Foi Schroeder quem, por volta das 21h30min, gritou para os carcereiros que chamaram a Samu.
Neste domingo, o médico permanecia internado no Hospital Santa Isabel. Conforme Farias, como o médico estava numa cela especial, tinha acesso a talheres. Os ferimentos no pescoço e no peito foram superficiais e não chegaram a atingir nenhum órgão, por isso foram feitos apenas curativos. Uma escolta da Polícia Militar permanecia ao lado do ortopedista no hospital.
Buchen foi preso na sexta-feira no consultório onde trabalhava, em Blumenau. Denúncias narradas por três vítimas de 23 e 44 anos motivaram o juiz da 3ª Vara Criminal de Gaspar, Sérgio Agenor Aragão, a expedir o mandado de prisão por atentado violento ao pudor.
Segundo o processo, que corre desde 2008, em pé ou deitadas na maca dos consultórios de Gaspar e Blumenau, o médico pedia às pacientes que ficassem nuas para um rotineiro exame de coluna. Apalpando costas, coxas, nádegas e seios, Buchen justificava que era um procedimento médico regular. De acordo com o relato das mulheres à Justiça, ele dizia que eram movimentos para sentir a tonicidade dos músculos, feitos por mãos, que por vezes, tocavam a região genital das pacientes.
O médico respondia em liberdade a um processo movido por duas pacientes de Blumenau, pelo mesmo crime. Como já estava sendo investigado, uma denúncia feita semana passada, por uma jovem de Gaspar, de 24 anos, serviu de base para o Ministério Público solicitar a prisão preventiva do ortopedista. A cela onde o ortopedista Fernando César Buchen mede 16 metros quadrados, não tem grades, tem banheiro, cama e uma janela pequena.
Fonte: JSC
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