O governador Raimundo Colombo anunciou, neste domingo, a saída do DEM e a filiação ao PSD. A decisão foi oficializada em nota divulgada depois de reunião no apartamento do presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio, em Florianópolis.
Além de Colombo e Merisio, participaram do encontro todos os sete deputados estaduais e dois dos três federais; os suplentes de senador Cesar Souza e Antônio Gavazzoni; o secretário da Casa Civil, Antônio Ceron; e o presidente em exercício do DEM, João Paulo Kleinübing. Por volta das 23 horas, o prefeito de São Paulo e fundador do PSD, Gilberto Kassab, chegou a Florianópolis e encontrou com os novos colegas de partido.
Na nota, Colombo afirma que “a sociedade nos mostra a necessidade de um novo caminho” e registra as dificuldades de sensibilizar a cúpula partidária em relação a uma mudança de rumo no DEM. A falta de uma resposta, segundo Colombo, levou os liberais catarinenses a “formar forte convicção da necessidade de se construir um novo partido político no Brasil”. O próximo passo, como também informa a nota oficial, será de contato com as bases sobre os motivos da decisão.
As bancadas estadual e federal seguirão os passos do governador. Para mudar de partido, os liberais precisam de agilidade porque a oficialização da criação da nova sigla deve ocorrer em junho. Kassab precisa recolher 500 mil assinaturas em pelo menos nove Estados para a fundação do PSD e, se os catarinenses optarem por apoiar o prefeito paulista, também terão que trabalhar em suas bases para buscar mais filiados.
A outra alternativa de Colombo e dos parlamentares seria ficar no DEM e aguardar uma fusão com o PSDB – condição imposta ao partido por Colombo. Neste fim de semana era esperado um encontro entre os governadores de Santa Catarina e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com o senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Mas a reunião não ocorreu.
Lideranças nacionais tucanas e liberais descartam a fusão entre as legendas antes das eleições municipais do ano que vem. A ideia é dogmatizar as alianças municipais entre os dois partidos: nas cidades em que o PSDB for mais forte terá o apoio o DEM, e vice-versa.
— Neste momento, vamos debater a compulsoriedade (das alianças) —, afirmou o senador José Agripino Maia (RN), presidente do DEM. Como não houve sinalização formal dos tucanos indicando uma futura união, a migração dos liberais catarinenses para o PSD se tornou o caminho com mais chances de se concretizar.
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