quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os sorrisos não são à toa

Vítimas da tragédia de 2008, Esaltina e Doraci saberão sexta-feira data da mudança para casa própria

O coração de Esaltina Pereira bate acelerado ao saber que o drama que vive há dois anos está bem próximo de acabar. Ela reside numa das seis moradias provisórias ainda ativas desde a tragédia de 2008 e está entre as 96 famílias que sexta-feira participam do sorteio dos apartamentos do Residencial Parque da Lagoa, no Bairro Itoupavazinha. Esaltina é aposentada por invalidez e vive com um filho de 14 anos no espaço improvisado com uma sala e dois quartos. Cozinha e banheiro, ela divide com outras 27 famílias, entre elas a de Doraci da Silva, que já começou a arrumar as malas dela, da filha e da neta para se mudar do abrigo para a casa própria. Sexta-feira, o sorteio definirá em qual andar e apartamento vão morar as 96 famílias habilitadas pela Secretaria de Assistência Social (Semascri) e pela Caixa Econômica Federal.




Com a ida de 96 famílias para a moradia definitiva, três abrigos serão fechados


Segundo o secretário de Assistência Social, Mário Hildebrandt, os andares térreos do Residencial Parque da Lagoa serão para idosos e pessoas com dificuldade de locomoção. As outras famílias disputarão os demais andares. Somente sexta-feira é que será informada a data da mudança. Depois do sorteio, as famílias precisarão ir à agência da Caixa Econômica Federal para a assinatura do contrato. Todas as famílias pré-selecionadas já estão com a documentação correta. Com a saída das 96 famílias dos abrigos, três serão desativados. A definição sai semana que vem, após o remanejamento das famílias das seis moradias provisórias.


O Residencial Parque da Lagoa será o primeiro dos 14 construídos para as famílias desabrigadas. Ao final, serão 2.212 apartamentos em sete bairros: Itoupavazinha, Badenfurt, Passo Manso, Itoupava Central, Tribess, Progresso e Ponta Aguda. Metade das moradias será destinada aos atingidos pela catástrofe de 2008 e a outra metade será para o déficit habitacional.

Fonte: JSC

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