Uma pesquisa encomendada pelas empresas de convênio em alimentação mostra que comer fora de casa está mais caro.
Na hora do almoço, além de botar no prato tudo aquilo que o corpo necessita e ficar de olho na balança, o trabalhador brasileiro tem de prestar atenção também ao preço que paga pelo que come na rua. É o que mostra uma pesquisa feita em 3,2 mil restaurantes e lanchonetes em 22 cidades do país.
De acordo com a pesquisa, para fazer uma refeição com arroz, feijão, salada e um tipo de carne, o brasileiro gasta, em média, R$ 21. No fim do mês, o gasto com essa refeição fora de casa fica em R$ 633. É mais do que um salário mínimo. “Não é barato”, comenta um senhor.
Blumenau, em Santa Catarina, é a cidade brasileira onde comer é mais barato: média de R$ 16. Em Brasilía, uma refeição completa sai a R$ 22 e em São Paulo, R$ 21. Belém e Salvador estão abaixo da média nacional: R$ 20. Santos e Rio de Janeiro são as campeãs da carestia, com média de R$ 26.
A secretária Eliane Azevedo e o técnico de informática Vinicius Vinhas trabalham no mesmo escritório. Ela recebe o equivalente a R$ 13 por dia de auxílio-alimentação e ele, apenas R$ 6. Por conta disso, há tempos os dois já cortaram a sobremesa do cardápio.
“Só com o valor do benefício é praticamente impossível”, conta Vinícius. “A gente divide com alguém ou come menos ou até mesmo traz uma refeição”, diz Eliane.
No ano passado, os alimentos ficaram 10% mais caros. O item ‘Alimentação’ foi o que teve maior impacto na inflação do ano passado. “É um problema muito grave, porque a inflação de alimentos prejudica significativamente os mais pobres”, opina Artur Almeida, presidente da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert).
Fonte: G1
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