quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Está mais caro comer fora de casa todos os dias, revela pesquisa

Uma pesquisa encomendada pelas empresas de convênio em alimentação mostra que comer fora de casa está mais caro.

Na hora do almoço, além de botar no prato tudo aquilo que o corpo necessita e ficar de olho na balança, o trabalhador brasileiro tem de prestar atenção também ao preço que paga pelo que come na rua. É o que mostra uma pesquisa feita em 3,2 mil restaurantes e lanchonetes em 22 cidades do país.


De acordo com a pesquisa, para fazer uma refeição com arroz, feijão, salada e um tipo de carne, o brasileiro gasta, em média, R$ 21. No fim do mês, o gasto com essa refeição fora de casa fica em R$ 633. É mais do que um salário mínimo. “Não é barato”, comenta um senhor.


Blumenau, em Santa Catarina, é a cidade brasileira onde comer é mais barato: média de R$ 16. Em Brasilía, uma refeição completa sai a R$ 22 e em São Paulo, R$ 21. Belém e Salvador estão abaixo da média nacional: R$ 20. Santos e Rio de Janeiro são as campeãs da carestia, com média de R$ 26.


A secretária Eliane Azevedo e o técnico de informática Vinicius Vinhas trabalham no mesmo escritório. Ela recebe o equivalente a R$ 13 por dia de auxílio-alimentação e ele, apenas R$ 6. Por conta disso, há tempos os dois já cortaram a sobremesa do cardápio.


“Só com o valor do benefício é praticamente impossível”, conta Vinícius. “A gente divide com alguém ou come menos ou até mesmo traz uma refeição”, diz Eliane.


No ano passado, os alimentos ficaram 10% mais caros. O item ‘Alimentação’ foi o que teve maior impacto na inflação do ano passado. “É um problema muito grave, porque a inflação de alimentos prejudica significativamente os mais pobres”, opina Artur Almeida, presidente da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert).

Fonte: G1

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